sábado, 9 de julho de 2016

O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação

Depois da boa experiência com 1Q84 fiquei interessado em ler mais alguma coisa de Haruki Murakami e peguei "O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação", que, salvo engano, é a sua obra mais recente (Alfaguara, 2014). 


Conta a história de Tsukuru, um engenheiro na casa dos 30 anos especializado em projetos de estações ferroviárias e que leva uma vida bastante solitária, sentindo ainda os reflexos de sua exclusão sumária de um grupo de amigos muito próximos, ocorrida abruptamente mais de 10 anos antes. O relacionamento intenso com este grupo de amigos teve um papel central na juventude de Tsukuru e dos demais, mas nenhum de seus 4 ex-colegas jamais lhe deu nenhuma explicação com relação à sua "eliminação" - simplesmente cortaram relações de forma seca e inesperada, o que o levou à depressão e a um quase suicídio. 

Muito tempo depois da ruptura, ao iniciar um relacionamento com uma mulher um pouco mais velha, é incentivado por ela a buscar estes antigos amigos e esclarecer o ocorrido, sendo este o ponto de partida da peregrinação do título. 

Para quem gostou de 1Q84, vários de seus elementos estão por lá: acontecimentos inexplicáveis, personagens que entram e saem de cena misteriosamente, uma pitada de realismo fantástico e as estranhas coincidências entre tempestades e eventos-chave do enredo. No mais, é uma boa história sobre amizade, perda, solidão e redenção. Vale a pena tanto para os fãs de Hurakami como para quem nunca leu nada dele e quer uma primeira experiência mais curta do que os três volumes de 1Q84, ainda meu favorito.

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