quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O Sol é para todos

Lançado originalmente em 1960 e ganhador do Prêmio Pulitzer de literatura em 1961, "O Sol é para todos", de Harper Lee, contabiliza mais de 30 milhões de cópias vendidas e figura em diversas listas de melhores romances ao redor do mundo. Não que o número de cópias seja um atestado de qualidade (basta dizer que "Cinquenta Tons de Cinza vendeu 50 milhões"), mas o título de melhor romance do século XX pelo Library Journal é bem significativo. 




Contado em retrospectiva a partir dos olhos de Scout, uma menina de 10 anos de idade, narra o desenrolar de um processo de julgamento por estupro na pequena cidade de Maycomb, no Alabama, no início dos anos 1930. Órfãos por parte de mãe, Scout e seu irmão mais velho, Jem, têm sua vida profundamente impactada enquanto seu pai, o advogado Atticus Finch, prepara e conduz a defesa de um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca em uma das regiões mais racistas dos Estados Unidos. 

É um livro extraordinário: escrito em linguagem simples e cativante, mas humano e denso. Deu origem a um filme homônimo em 1962, com Gregory Peck no papel de Atticus Finch, vencedor de 3 Oscars. Segundo uma lista feita por bibliotecários em 2006, o livro que todos deveriam ler antes de morrer. 

Um dos pontos curiosos sobre o livro é o fato da autora (falecida em 2016), não ter publicado nenhum outro até 2015, quando foi descoberto "Vá, coloque um vigia", escondido em uma caixa. É uma sequencia para "O Sol é para todos" e gerou uma certa polêmica quando lançado, por mostrar um lado mais escuro de Atticus. Não li ainda, mas pretendo em breve. 

Apenas como um bônus, para quem já leu o livro, um mapa da cidade de Maycomb pode ser conseguido em https://fitzgeraldenglish.wikispaces.com/Map+of+Maycomb,+Alabama.