Ok, ele dá uma prévia, mas o que afinal é a tal "Boltzmann Brain Hypothesis". Talvez você saiba, mas eu não tinha a menor idéia e fui pesquisar...
Ludwig Boltzmann foi um físico e filósofo austríaco nascido em Viena, em 1844. Um de seus principais trabalhos na física foi sua colaboração na formulação da Teoria Cinética, em que utilizou a composição e movimento moleculares dos gases para explicar suas propriedades macroscópicas (como temperatura, volume e pressão). Basicamente, a teoria afirma que a pressão não se deve à repulsão entre as moléculas, mas sim às colisões entre moléculas movendo-se a diferentes velocidades. Uma descrição mais detalhada pode ser vista em:
Mas o que me interessava era o aspecto filosófico do trabalho de Boltzmann, muito relacionado ao seu trabalho na física. Ele formulou o chamado "Paradoxo do Cérebro de Boltzmann". Vamos a ele.
Uma das interpretações da 2a Lei da Termodinâmica, adotada por criacionistas, é a de que entropia do universo sempre aumentaria, levando o universo obrigatoriamente da ordem à desordem. Com base nesse ponto de vista, a pergunta que Boltzmann visava responder era: porque, então, nós observamos um nível tão alto de organização no universo (ou seja, uma entropia tão baixa)?
Boltzmann sugeriu que o mundo de baixa entropia que percebemos é resultado de uma flutuação aleatória em um universo de alta entropia. Haveriam flutuações estocásticas na entropia, mesmo que este universo estivesse próximo do equilíbrio e, dado o imenso tamanho do universo, poderiam haver flutuações grandes (embora extremamente raras), que ocasionariam o nível de organização que percebemos.
O que nos leva ao conceito de Cérebro de Boltzmann: se o nível de organização da realidade que percebemos, em que bilhões de entidades auto-conscientes coexistem, é o simples resultado de uma flutuação aleatória, então é muito mais provável que esta realidade seja na verdade o resultado apenas da existência de um único cérebro auto-consciente, formado do caos, e que cria suas próprias memórias e percepção da realidade.
Em outras palavras, é infinitamente maior a probabilidade de surgir uma única entidade auto-consciente a partir do caos do que as bilhões que percebemos. Ou seja, você não existe e eu estou escrevendo isso à toa, em vez de tomar minha cervejinha imaginária.
Obrigado vou explicou de uma forma compreensível e me inspirou a ler mais sobre o assunto.
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