Ainda em 2012, o doutor em psicologia Jonathan Haidt
publicou um livro extraordinário buscando responder à pergunta que hoje todos
nós nos fazemos diariamente ao navegar pelas timelines de nossas redes sociais:
Por que tanta gente inteligente e bem intencionada pode ter posições tão
diferentes sobre temas fundamentais como política? E, principalmente, por que
essas pessoas desenvolvem com tanta facilidade a plena convicção de que os de posição
diferente da sua são completos idiotas?
“The
Righteous Mind – Why Good People are Divided by Politics and Religion”
(Vintage, 2013), tem um título particularmente difícil de traduzir. A
edição brasileira recebeu o título de “A Mente Moralista”, embora eu considere
que “Righteous” tenha um sentido um pouco mais forte do que “Moralista”.
Segundo o dicionário de Cambridge, por exemplo, se refere a “pessoas que se
comportam de uma forma moralmente correta”, mas acho que a intenção de Haidt no
título era dar uma abordagem mais próxima de “self-righteous”... ou “pessoas
que acreditam que suas ideias e comportamentos são moralmente superiores ao de outras
pessoas”. Para quem leu Pollyanna, um bom exemplo seria a tia solteirona de
Pollyanna. Ela é “self-righteous” até os ossos. Imagine-a vivendo hoje no
Brasil com uma conta de Whatsapp na mão...
O livro é dividido em três partes, cada uma associada a uma
metáfora diferente desenvolvida para resumir um conceito fundamental.
PARTE I - “Intuições vêm primeiro, raciocínio vem depois”
A primeira parte é “Intuições vêm primeiro, raciocínio vem
depois”. Ela compara a mente humana a um elefante enorme com um “condutor”
(um cavaleiro) em cima dele, mas cujo trabalho é servir ao elefante e não
vice-versa. Nessa metáfora, o elefante representa nosso pensamento intuitivo,
enquanto o condutor representa o pensamento racional. Esta dualidade é bastante similar à defendida por Daniel
Kahneman em “Rápido e Devagar”,
mas a abordagem é um pouco diferente. Para Haidt, é nítido que o chefe é o
elefante (emoção / intuição) e que o condutor (razão) existe para servi-lo.
“Portanto, se você quer mudar a opinião de alguém com
relação a um tema moral ou político, fale primeiro com o elefante. Se você
pedir às pessoas para acreditar em algo que viola as suas intuições, elas irão
dedicar todos os seus esforços a encontrar uma saída – uma razão para duvidar
de seus argumentos ou conclusões. E vão conseguir quase sempre.”
Especialmente quando as discussões se tornam hostis, o
elefante começa a se inclinar para longe do oponente e o condutor (seu servo)
vai trabalhar freneticamente para encontrar dados e motivos “racionais” para refutar
todos os argumentos que receber. Inclusive no Google.
Um dos insights mais importantes apresentados nesta parte é
justamente neste sentido e é bem pouco intuitivo: apesar de gostarmos de nos
ver como criatura racionais, nossa consciência opera em grande medida com o
objetivo descarado de persuadir em vez de analisar. A conclusão deprimente de
cientistas cognitivos que pesquisaram o raciocínio humano ao longo de anos é que
ele se desenvolveu como uma ferramenta para nos ajudar a argumentar, persuadir
e manipular outras pessoas e não para nos ajudar a “descobrir a verdade”. Esta
conclusão se aplica inclusive no nosso auto convencimento, ou seja, o condutor
trabalha muito também para justificar e nos convencer da validade e moralidade de
nossas próprias ações, preservando nossa autoimagem de boas pessoas mesmo
quando temos atitudes bastante questionáveis. É por isso que o chamado “viés de
confirmação” é tão poderoso e difícil de combater.
“Nosso pensamento moral é muito mais como um político
caçando votos do que um cientista buscando a verdade.”
Ter esse conceito em mente é fundamental para se ter uma
conversa minimamente produtiva com alguém cujo elefante está apontado para um
lado oposto ao seu: argumentos puramente racionais não falam ao elefante – ele
responde à emoção, não à razão. Enquanto o elefante do outro não estiver
sensibilizado e disposto a se inclinar pelo menos um pouco para o seu lado, não
adianta nem tentar argumentar com o condutor.
Especialmente quando se trata de temas morais ou políticos a
situação se agrava um pouco mais. Nestes temas temos também uma tendência a um
comportamento mais grupal do que individualista – nós aplicamos nossas
habilidades de raciocínio para apoiar a posição de nosso time e para demonstrar
nosso compromisso com ele, de modo que a chance de se convencer alguém em uma
discussão pública na internet a mudar de ideia com relação a um ponto
importante na estrutura moral de seu grupo político é completamente impossível.
Desista. (especificamente sobre esse comportamento tribal, pode ser
interessante conhecer também os argumentos de Joshua Greene em “Moral Tribes”
PARTE II - “Há mais na moralidade do que apenas cuidado e
justiça”
Nesta parte são apresentadas seis diferentes dimensões ou
fundamentos do pensamento moral e a metáfora usada é a de que a mente moralista
é como uma língua capaz de sentir seis tipos diferentes de gostos ou sabores.
Inicialmente, Haidt cuida de introduzir o leitor à noção de
que a ética ocidental a que estamos habituados é algo bastante particular e não
uma verdade universal, como somos inclinados a pensar. Para isso, nos apresenta
as três principais abordagens éticas (baseadas na teoria do antropologista
Richard Shweder), que permeiam o mundo contemporâneo com diferenças
fundamentais que não são facilmente percebidas pelas pessoas, mas que norteiam
boa parte do comportamento das comunidades que adotam cada uma delas:
- Ética da autonomia – é à qual estamos mais habituados, ou
seja, a ideia de que as pessoas são, acima de tudo, indivíduos autônomos que
devem ser livres para satisfazer seus desejos e preferências. Deste modo, estas
sociedades desenvolvem valores como direitos, liberdades e justiça, que
possibilitam às pessoas coexistir pacificamente sem interferir nas vidas uns
dos outros. É a ética dominante nas sociedades individualistas e nos textos
utilitaristas de John Stuart Mill e Peter Singer, por exemplo;
- Ética da comunidade – é baseada no princípio de que as
pessoas são, acima de tudo, membros de entidades maiores, como famílias, times,
empresas, tribos, exércitos e nações. Estas entidades são mais do que a soma de
seus membros; são reais, importam e precisam ser protegidas. As pessoas têm
obrigação de atuar conforme os papéis que lhe cabem nestas estruturas e,
portanto, os conceitos que emergem são os de dever, hierarquia, patriotismo,
respeito e reputação. Nestas sociedades (como nas orientais), o individualismo
ocidental é visto como egoísta e perigoso – uma forma de enfraquecer a trama da
sociedade e destruir as instituições das quais todos dependem;
- Ética da divindade – baseada na ideia de que as pessoas
são, acima de tudo, “recipientes” em que uma alma divina habita
temporariamente. Pessoas não são apenas animais com uma dose extra de
consciência, mas sim filhos e filhas de Deus e que, portanto, devem agir de
acordo. O corpo é um templo, não um playground e mesmo que uma ação ou
comportamento privado individual qualquer não cause nenhum dano a terceiros,
ele pode ser interpretado e condenado como imoral ou proibido se visto como
ofensivo ao Criador ou à ordem sagrada do universo. É a moral dominante em boa
parte do mundo muçulmano, por exemplo.
A moral dominante nas sociedades dos ocidentais países
ricos, democráticos e industrializados, costuma ser limitada à ética da
autonomia, mas ela pode ser bem mais ampla e incluir frequentemente as éticas
da comunidade e da divindade nas matrizes éticas de diversos subgrupos religiosos
ou conservadores e este é um ponto fundamental para se começar a compreender as
diferenças radicais entre as visões de mundo dos liberais e dos conservadores.
Haidt usa frequentemente a expressão “morality binds and
blinds” (a moralidade une e cega) para lembrar que matrizes éticas reforçam
de forma muito significativa a coesão dos grupos que as adotam, mas ao mesmo
tempo tornam seus membros praticamente cegos para a coerência ou a mera
existência de outras matrizes. Esse fenômeno torna muito difícil para uma
pessoa que tenha assimilado os valores de um determinado grupo de forma muito radical
sequer considerar a possibilidade de que possa existir mais de uma verdade
moral válida, parâmetros diferentes dos seus para se avaliar a conduta das outras
pessoas ou mesmo mais de uma forma legítima para se organizar e conduzir uma
sociedade.
Após a introdução das três éticas é a apresentada a Teoria
dos Fundamentos Morais e são apresentados cinco diferentes “sabores” que a
mente moralista consegue discernir, descritos como cinco diferentes fundamentos
morais inatos e comuns a todos os seres humanos, adaptações que foram sendo lentamente
incorporadas a nossos cérebros como respostas automáticas a uma série de ameaças
e oportunidades inerentes à vida em sociedade e que disparam reações intuitivas
e possivelmente algumas emoções específicas, como simpatia ou raiva:
- Fundamento do Cuidado / Dano – evoluiu em resposta ao
desafio evolutivo do cuidado para com crianças vulneráveis. Ele nos torna
sensíveis a sinais de sofrimento e necessidade e nos faz rejeitar a crueldade e
nos importar com os que sofrem;
- Fundamento da Justiça / Trapaça – evoluiu em resposta ao
desafio evolutivo de se extrair os benefícios da cooperação sem se deixar
explorar. Faz com que nos tornemos sensíveis a indícios de que outras pessoas
sejam potenciais bons parceiros para colaboração e altruísmo recíproco. Faz com
que desejemos punir trapaceiros e exploradores e pode estar intrinsicamente
ligado a um desejo por proporcionalidade (de que as pessoas recebam o que
mereçam na intensidade adequada);
- Fundamento da Lealdade / Traição – evoluiu em resposta ao
desafio evolutivo de formação e manutenção de alianças. Faz com que sejamos
sensíveis a sinais de que uma pessoa é um bom e confiável membro do time e nos
leva a confiar e recompensar tais pessoas na mesma medida em que nos leva a
punir e renegar os que nos traem ou traem o grupo;
- Fundamento da Autoridade / Subversão – resposta ao desafio
da formação de relacionamentos benéficos dentro de uma estrutura hierárquica.
Faz com que sejamos sensíveis a sinais de posição e de status, bem como a indícios
de que as outras pessoas estão (ou não) se comportando de acordo com suas
respectivas posições;
- Fundamento da Santidade (Pureza) / Degradação – evoluiu
inicialmente como resposta ao “dilema do onívoro” (o que um bicho que come de
tudo pode comer e o que deve evitar) e posteriormente ao desafio de se viver em
um mundo repleto de patógenos e parasitas. Trata-se de uma forma de “imunidade
comportamental” que nos leva a ter receio e evitar uma variedade de ameaças
reais ou simbólicas. Faz com que as pessoas atribuam arbitrariamente valores
extremamente positivos ou negativos a determinados objetos e comportamentos que
acabam servindo como mecanismos auxiliares para se manter os grupos unidos.
Olhando-se para os dois extremos do espectro político,
pode-se perceber que os partidários da esquerda têm suas doutrinas focadas
principalmente nos fundamentos do Cuidado e da Justiça, com pouca ou nenhuma ênfase
nos demais. Os partidários de direita, por sua vez, operam com um foco mais
abrangente, com doutrinas que abraçam os 5 fundamentos e incorporam uma ênfase
significativamente grande em Autoridade, Lealdade e Santidade. Assista a um
discurso de um candidato de direita e conte quantas vezes são mencionados temas
como patriotismo, forças armadas e religião, por exemplo.

Aqui pode-se abrir parênteses e comentar-se um pouco sobre uma
vantagem significativa que os conservadores levam quando falam ao público em
geral. Considerando-se que os 6 fundamentos morais são inatos aos seres humanos
e que estes podem dar maior ou menor importância a cada um deles, independente
de sua formação ou posição social, é natural que um grupo político que aborde
um número maior de fundamentos em sua doutrina e sua comunicação encontre
ressonância do seu discurso em um número maior de pessoas do que um grupo que
se restrinja a dois ou três fundamentos. Ou seja, se uma pessoa tem uma predisposição
natural a priorizar os fundamentos da Autoridade e da Lealdade, mesmo que seja
de uma camada desfavorecida da sociedade, não vai responder de forma positiva
ao discurso centrado nos fundamentos de Cuidado e Justiça de um partido de
esquerda, para a grande surpresa e indignação de boa parte dos liberais que são
praticamente cegos aos demais fundamentos morais. Moralidade une e cega.
Posteriormente, Haidt acrescenta um sexto fundamento como
forma de complemento à sua Teoria dos Fundamentos Morais original:
- Fundamento da Liberdade / Opressão – faz com que as
pessoas percebam e se ressintam de qualquer sinal de uma tentativa de
dominação. Dispara um sentimento de desejo de união para resistir e derrotar
opressores e tiranos. Este fundamento suporta tanto a noção de equidade e de
“anti-autoritarismo” na esquerda quanto o sentimentos “anti-opressão” e de “defesa
da liberdade” na direita.
PARTE III - “Moralidade une e cega”
Em linhas gerais, é focada na demonstração do conceito de
que a natureza humana é majoritariamente egoísta e individualista, mas com uma
camada grupal que resulta do fato de que a seleção natural opera em diferentes
níveis simultaneamente e que resulta em comportamentos surpreendentes e a
princípio incoerentes com o interesse do indivíduo.
Indivíduos competem contra outros indivíduos e esta
competição recompensa o individualismo, mas ao mesmo tempo, os grupos humanos competem
contra outros grupos permanentemente e esta competição favorece os grupos
compostos por verdadeiros “team players” – aqueles cujos integrantes estão
dispostos a cooperar e trabalhar pelo bem do grupo mesmo em detrimento de seus
interesses pessoais imediatos. Estes dois processos evolutivos complementares empurraram
a natureza humana em direções diferentes e nos deram a estranha mistura de
egoísmo e altruísmo que conhecemos hoje. A metáfora central desta terceira
parte é: “nós somos 90% chimpanzés e 10% abelhas”.
O lado “chimpanzé” da metáfora refere-se ao fato de nossas
mentes terem sido moldadas pela competição incansável de cada indivíduo com seu
vizinho. Nós somos descendentes de uma longa linhagem de vencedores no jogo da
vida social. Entretanto, a natureza humana incorporou mais recentemente uma nova
camada, um comportamento grupal extremamente importante – apesar de
majoritariamente chimpanzés, somos também um pouco como abelhas, no sentido de
sermos criaturas ultra-sociais com mentes moldadas pela incansável competição entre
grupos. Nós descendemos de antepassados cujo comportamento grupal os ajudou a
cooperar e vencer outros grupos. Isso não significa que nossos ancestrais fossem
“team players” incondicionais, apenas que eram adequadamente seletivos: quando
as condições necessárias se apresentavam, eles podiam entrar em um estado
mental de “um por todos e todos por um” em que passavam a trabalhar abnegadamente
por um objetivo comum, aumentando de forma coletiva as chances de prevalência
de seu grupo.
Este sentimento de ativação do “modo colmeia” em um grupo se
manifesta ainda hoje na paixão ou êxtase que a participação em rituais grupais
como esportes, raves, danças ou rituais religiosos podem ocasionar. É o tipo de
efervescência coletiva ou “ressonância límbica” que foi tão bem descrita no
livro “A General Theory of Love”, que já comentei aqui anteriormente.
A combinação de nossos comportamentos individualistas e
grupais pode ser resumido no conceito de Homo Duplex: vivemos a maior parte de
nossas vidas no mundo ordinário (profano), mas alcançamos nossas maiores
alegrias naqueles breves momentos em que transcendemos a níveis mais elevados
(coletivos) da existência. Somos projetados (por seleção natural) para nos
locomover entre ambos os níveis de existência.
Voltando ao tema da Teoria dos Fundamentos Morais, uma ideia
curiosa defendida no livro é a de que as pessoas não adotam suas ideologias
políticas aleatoriamente. Aqueles a quem os genes deram cérebros com maior
afinidade a novidades, variedade e diversidade e uma menor sensibilidade a
sinais de ameaça seriam predispostos (mas não predestinados) a se tornarem
liberais e a reagir às narrativas dos movimentos de esquerda. Aqueles cujos
genes conferiram cérebros com afinidades opostas seriam predispostos a se
alinhar com as narrativas da direita.
Entretanto, a partir do momento que a pessoa adota qualquer
um dos lados políticos ela é rapidamente incorporada à sua respectiva matriz
moral. O condutor de seu elefante passa a encontrar confirmação da narrativa de
seu grupo em todo lugar e é extremamente difícil convencê-la de que está errada
se você tentar argumentar estando do lado de fora de sua matriz.
Dado o diferente enfoque que a esquerda e a direita dão aos seis
fundamentos morais, pode-se deduzir que deve ser mais difícil para liberais
(que em geral não se consideram relevantes os fundamentos de Autoridade,
Santidade e Lealdade) entender os conservadores do que vice-versa. Em
particular, liberais têm dificuldade em visualizar e compreender o conceito de
“capital moral”, ou seja, o valor intrínseco de alguns recursos que sustentam
uma comunidade moral, como valores, virtudes, normas, práticas, tradições,
costumes, identidades e instituições, o que faz com que seja difícil para seu discurso
ser assimilado por um público que aprecie estes valores na mesma medida em que os
faz ter dificuldade em entender este público.
Em suma, a abordagem de Haidt é de que liberais e
conservadores, esquerda e direita são como yin e yang – ambos elementos
necessários para a vida política saudável de uma nação, como colocado por John
Stuart Mill. Liberais são especialistas no fundamento do Cuidado – eles
enxergam melhor as vítimas dos arranjos sociais e nos forçam a atualizar
continuamente esses arranjos. Por outro lado, conservadores oferecem um
contraponto fundamental aos movimentos de reforma liberal, em especial no que
tange à liberdade dos mercados e à proteção de estruturas e valores que são
caros a boa parte da sociedade.
Enfim, moralidade une e cega. Ela nos une a times
ideologicamente coesos que lutam entre si como se o destino do planeta estivesse
em jogo em cada batalha. Ela nos cega com relação ao fato de que ambos os times
são compostos por boas pessoas que podem ter algo importante a dizer. Ter esse
conceito em mente pode ajudar cada um de nós a compreender melhor o outro lado,
ou pelo menos a evitar entrar em discussões absolutamente inúteis no Facebook.
PS – na data em que escrevo este resumo, Jonathan Haidt pode
ser visto em uma participação rápida no documentário “The Social Dilemma”, que
acaba de ser lançado na Netflix
PS 2 – Haidt também será o convidado na segunda conferência
do Fronteiras do Pensamento, programada para o próximo dia 30 de setembro
PS 3 – Para uma obra mais recente dele, você pode acessar o
link para o meu texto sobre “The Coddling of the American Mind”.
É outro livro com um título incrivelmente difícil de traduzir, mas excelente...